segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Motivos que me fazem gostar de The Walking Dead

Cartaz promocional da terceira temporada

Antes de entrar no assunto do título, deixo um conselho para as pessoas que costumam ver episódios de TWD fora da ordem, como por exemplo, assistir um episódio da terceira temporada sem ter visto a primeira ou a segunda:

Não façam isso!

TWD é uma série com ordem e lógica cronológica nos acontecimentos e se você não assistir os episódios anteriores, simplesmente ficará “boiando” e consequentemente não se simpatizará com o enredo. E acrescento que a série se baseia em uma História em Quadrinhos com o mesmo nome e é uma adaptação para a TV. Por esse motivo tem muita coisa diferente da HQ.

Imagem comparando os personagens na HQ (esq) e na série (dir)

Falando sobre o assunto principal do post, muitas pessoas falam que a série é boba ou ruim por causa dos zumbis e etc, mas vou explicar o porquê de eu gostar de TWD. Não que eu tenha que me justificar para os que não gostam, porém deixarei exposto o que a série tem de interessante em minha opinião.

Hoje vivemos em um mundo que possui certas “rotinas fixas”, como por exemplo, escola, família, trabalho, igreja, supermercado, cinema, festas, bancos, etc. Alguma dúvida nisso? Acho que não! Então vamos em frente...

Agora, imagine que você teve um problema de saúde que resultou em um coma. Você ficou internado em um hospital durante algumas semanas. Certo dia, você “acorda” do coma e se depara com um mundo onde a maioria da população foi infectada por uma doença mortal que as transforma em um organismo morto-vivo (tema de ficção semelhante ao filme Eu Sou a Lenda, com Will Smith). Você foi “dormir” com o mundo “normal” e acordou com o mesmo completamente diferente. Não existe mais governos, forças armadas, forças auxiliares, bancos, energia elétrica, televisão, rádio, internet, ..., o que existe são somente alguns grupos de pessoas que escaparam do ocorrido e tentam sobreviver a cada dia com o “mínimo de normalidade” o possível. Soma-se a isso os zumbis que são as pessoas mortas pelo contágio mencionado.


Imagine que você se depara com corpos por todos os lados do hospital e nas proximidades. O primeiro reflexo que você tem é: vou para casa! Ao chegar em casa, a mesma se encontra vazia, sem a sua família. Isso ocorre também nas casas e apartamentos de seus vizinhos. Como você se comportaria em uma situação dessas? Quais seriam as suas opções, estando sem família, conhecidos, comida, água, etc? Como você se comportaria em relação aos mortos-vivos? É exatamente disso que se trata The Walking Dead. E esse aspecto de mundo com sistema de rotinas destruído é o que prende a minha atenção.

No primeiro episódio da série, o policial Rick Grimes, que é o personagem principal, leva um tiro durante uma ação e fica em coma (que sugeri você imaginar). Ao acordar no hospital, Rick se depara com um mundo transformado, sem o sistema de governo, as leis e as autoridades. Não existe mais o sistema que ele fazia parte e nem os demais. Ao ir para casa, ele se depara com sua rua deserta e sua casa vazia. O que você faria e como você se sentiria nesse caso?

Nesse aspecto, os zumbis não são a principal atração da série, sendo apenas um detalhe do caos, formando uma parcela da ação existente no cotidiano e também do perigo de morte dos personagens. O aspecto principal é o fato de como o ser humano pode se adaptar de acordo com o ambiente em que vive. Enquanto existem regras a serem seguidas e um sistema que julga as ações das pessoas podendo puní-las, a grande maioria se mantém “sob controle”, enquanto uma minoria comete delitos. Como funcionaria nosso mundo se não houvesse tais regras, governos, religiões, sistemas financeiros, etc? Em TWD vemos uma história de ficção que pode um dia se tornar realidade, mas em outros contextos, tais como uma guerra mundial.


Na série, vemos a evolução de Rick que passa do policial que deseja manter uma ordem em meio a um apocalipse zumbi para o ser humano realista que disse uma das frases mais famosas da série: “Isso não é mais uma democracia!”. Vemos a mudança de um Rick que evita cometer atos de violência contra o próximo para um que mata para proteger seu grupo. Você seria capaz de matar alguém para proteger as pessoas que dependem de sua proteção?

Existem outros personagens que chamam a atenção, como por exemplo, o “bad boy” mais amado por boa parte dos fãs, Daryl Dixon, que não existe na HQ e foi criado especialmente para a TV. Foi um acerto dos produtores, pois se tornou um dos mais atuantes no aspecto da sobrevivência do seu grupo. Outro exemplo é o Governador, líder da comunidade de Woodburry, que também são sobreviventes do contágio. Esse personagem é aparentemente um líder nato e esconde uma personalidade psicopata atrás da imagem de “bonzinho”. Comparado com a HQ, o Governador da série nem é tão ruim, pois na versão original as atrocidades são mais pesadas. Há outros personagens fascinantes na série, como por exemplo, a Michone, a Carol, a Andrea, a Maggie, o Gleen, o Merle, o pequeno Carl, entre outros.

Daryl Dixon

Philip Blake, o Governador

Não ficarei me alongando mostrando todos os detalhes da série e seus personagens, pois não é a intenção do post. Mas ficou aqui registrada a minha humilde dica de como ver a série com um olhar social, o que a torna mais interessante. Veja a primeira temporada que são seis episódios e tire uma conclusão mais concreta sobre a série mais famosa da atualidade.

Para finalizar, deixo como dica de site o The Walking Dead Brasil, onde você encotrará muito mais informações.

2 comentários:

  1. Achei interessante sua visão sobre o tema. Continuo não gostando da mesma, porém, após ler seu post, respeitarei ainda mais sua posição com relação à série, pois vi que é importante para você! Mi.

    ResponderExcluir

Escreva aqui o que você achou do Post! Por favor, respeite os princípios da boa educação! Grato!

Postagens mais visitadas